O Dispositivo Materno
- Roberta Rocha

- 3 de nov.
- 1 min de leitura
Este ano, na Teia de Saberes, estamos estudando o livro Saúde Mental, Gênero e Dispositivos, de Valeska Zanello.
Para aprofundar a discussão sobre o dispositivo materno, usamos o filme A Filha Perdida como ponto de partida para ampliar a teoria e refletir sobre seus efeitos na vida das mulheres.
Nem sempre a maternidade nasce do desejo.
Mas o que nasce dela, quase sempre, é a culpa.
O dispositivo materno, como nomeia Valeska Zanello, é o conjunto de normas e discursos que faz da maternidade o centro da identidade feminina. Ele define o que é ser “boa mãe”, o que é “ser mulher de verdade” e o que é considerado “erro imperdoável”.
No filme A Filha Perdida, Leda encarna o conflito entre o desejo de ser mãe e o desejo de ser mulher. Ao escolher a si mesma — ainda que por um tempo —, ela desafia o pacto silencioso que exige das mulheres a renúncia total.
No encontro, podemos conversar sobre as ambivalências da maternidade, os impactos na saúde mental e na construção da subjetividade feminina. Essas trocas nos ajudam a dialogar com as mulheres que escutamos a partir de um lugar que provoca a emancipação frente às opressões do patriarcado.
Se você é psicóloga ou terapeuta de mulheres e deseja incluir em seus atendimentos a perspectiva feminista, entre no link da bio e saiba mais.
✨ Que outras leituras do filme A Filha Perdida você faz?
Texto escrito por Roberta Rocha
















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