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o que tem que levar para 2026 para seguir movendo suas próprias frestas?
Ninguém tem que nada. Mas eu tinha que fazer algo com minhas inquietações que, com o tempo, se tornaram revolta silenciosa por falta de nomear. Eu tinha que nomear. Depois de nomear, ainda me sentia inquieta. Teve um tempo difícil, confesso, em que fui somatizando. Virou ansiedade, magreza, estranheza. Às vezes o tempo emocional não está sintonizado com o tempo da vida do dia a dia. Ora parece atrasado, e aí vem a angústia. Ora parece acelerado, e aí vem a ansiedade. A mente

Roberta Rocha
30 de nov.2 min de leitura


Não é apenas uma data no calendário
Não é apenas uma data no calendário. É um chamado urgente. Todos os dias mais de uma mulher é morta no Brasil por ser mulher. É uma epidemia que precisa ser combatida com políticas públicas efetivas, com leis que nos protejam de verdade e com a capacitação de todas e todos que atuam na aplicação dessas leis. E, sobretudo, é urgente que os homens sejam convocados a enfrentar a própria violência que exercem sobre nós. Desde aquela que se disfarça no cotidiano até as formas mais

Roberta Rocha
25 de nov.1 min de leitura


Desconfortável com o pacto da branquitude
É preciso estar desconfortável o tempo todo com o pacto da branquitude para se posicionar como antirracista. Quanto mais consciente eu fico, mais desconfortável eu me sinto. Aprendi com Cida Bento, em O Pacto da Branquitude, que o silêncio e a omissão são exatamente o que mantêm essas estruturas em funcionamento. Djamila Ribeiro, em Pequeno Manual Antirracista, reforça que ser antirracista exige compromisso cotidiano e coragem para questionar privilégios, inclusive aqueles qu

Roberta Rocha
20 de nov.1 min de leitura


Conhecer a história dessas mulheres negras é reconhecer o chão que nos trouxe até aqui
Em toda oportunidade de conversa, eu cito Lélia e Benedita. Depois de conhecer a história de cada uma, é impossível se manter do mesmo jeito que antes. A palavra de uma e a luta da outra abriram caminhos que ainda sustentam o que fazemos hoje. Conhecer a história dessas mulheres negras é reconhecer o chão que nos trouxe até aqui. É memória, é futuro, é responsabilidade. Ler e discutir histórias de mulheres negras escritas por mulheres é compromisso ético, político e feminista

Roberta Rocha
18 de nov.1 min de leitura


Encontro do Clube do Livro - 2025
Lá em 2022 eu me arrisquei, mas não sozinha. Outras mulheres disseram sim, e chegamos até aqui. Muitas já passaram pelos encontros, cada uma do seu jeito de estar. Outras chegaram de outros encontros da vida. Há também aquelas que estão desde o início, quando o clube ainda era só uma semente. A cada encontro fomos nos nutrindo pelas histórias que nos guiaram, pelas escritoras que nos inspiram e pelas narrativas que, de algum modo, também se tornaram nossas. Por isso, o clube

Roberta Rocha
16 de nov.1 min de leitura


Uma delicada coleção de ausências, no Clube do Livro
Uma delicada coleção de ausências, de @alinebei , é um livro que fala do que permanece quando alguém se vai, da ausência de uma possível presença. Do que é possível ficar depois do pouco que não se teve, ou pior, daquilo que foi retirado antes mesmo de existir por inteiro. A autora conseguiu narrar uma tragédia brutal de forma poética. Arriscou-se nessa linha tênue em que seria fácil romantizar o irrompível, mas manteve fidelidade ao que não poderia ser contado de outro modo

Roberta Rocha
15 de nov.1 min de leitura


Nenhuma menina deve ser mãe
A música Uma Menina da @negrali é, em si, uma denúncia estrutural, nos convoca a um lugar incômodo. Negra Li canta sobre a trajetória de uma menina que cresce atravessada pela violência, pela falta de proteção do Estado, pela desigualdade social, e pela imposição de “amadurecer antes da hora” tendo como troca uma infância roubadq, quando deveria ser preservada e protegida. Viver no Brasil é sobreviver às distopias. E nenhuma delas é ficção. Elas têm nome, endereço e idade, u

Roberta Rocha
8 de nov.1 min de leitura


A Clínica feminista e a emancipação das mulheres
A clínica feminista é, antes de tudo, um espaço de deslocamento, que se propõe a questionar o que permanece.

Roberta Rocha
7 de nov.1 min de leitura


Separação entre ser mulher e ser mãe
O patriarcado impõe uma separação entre ser mulher e ser mãe. Algo se perde. Não se conecta entre um e outro. Na cartilha que não lemos, mas ainda sabemos de cor, está escrito que, depois de nos tornarmos mães, há coisas que já não podemos ser, desejar ou ter. Um excesso de regras, modelos e vozes se instala, E o que sobra é a culpa. O filme A Filha Perdida escancara o que tantas evitam dizer: que o amor materno também é feito de cansaço, raiva, vontade de ir embora, de ausên

Roberta Rocha
5 de nov.1 min de leitura


O Dispositivo Materno
Este ano, na Teia de Saberes, estamos estudando o livro Saúde Mental, Gênero e Dispositivos, de Valeska Zanello. Para aprofundar a discussão sobre o dispositivo materno, usamos o filme A Filha Perdida como ponto de partida para ampliar a teoria e refletir sobre seus efeitos na vida das mulheres. Nem sempre a maternidade nasce do desejo. Mas o que nasce dela, quase sempre, é a culpa. O dispositivo materno, como nomeia Valeska Zanello, é o conjunto de normas e discursos que faz

Roberta Rocha
3 de nov.1 min de leitura


Queima, queima todas elas
Curandeiras. Feiticeiras. Viúvas. Madrastas. Parteiras. Benzedeiras. Filhas da lua. Guardadoras de segredos antigos. Queima, queima ela, Ousadas, amadas, odiadas, invejadas obscuras. Que não me assustavam. Me instigavam. Pelo mistério que as envolvia, pela coragem de desejarem, de desafiarem, de amarem a si, e a outras. Queima, queima todas elas. Todas elas chamadas de bruxas. Contadas. Recontadas. Como aquelas de quem não se deve confiar, se aproximar, amar. Queima, queima t

Roberta Rocha
31 de out.1 min de leitura


VIROU POESIA, PAI
Foi numa sexta de sol, céu azul, que você partiu. Onze anos depois, sexta-feira, sol e céu azul lá fora. Aqui dentro, desta vez, nublado. Aprendi com você a dar palavra ao que sinto, a transformar angústias, desejos, medos em poema. Hoje escrevo o que palavra alguma consegue contornar. Confortar. Confrontar a dor da partida, marcada, ano a ano, no calendário. A vida repartida pelo luto, este percurso que ora é como um mar manso, ora como um vendaval, daqueles impiedosos que j

Roberta Rocha
24 de out.1 min de leitura


Preparem os lencinhos
Preparem os lencinhos. Parece ser só mais uma série de romance… mas é uma série que fala sobre o amor para além da relação de casal como centralidade, de um jeito que me tocou profundamente. Primeiro, na delicadeza das cenas e cenários em que eles vão compondo a relação, com lealdade, cuidado e respeito pelos sonhos um do outro. No encontro com o outro podemos até chegar por acaso, mas não sem referências, expectativas e histórias, não somente nossas, mas também das nossas fa

Roberta Rocha
22 de out.2 min de leitura


Lemos juntas Escola de Contos Eróticos para Viúvas, de Balli Kaur Jaswal
Esse mês, no Clube do Livro Sobre Nós, Mulheres, lemos juntas Escola de Contos Eróticos para Viúvas, de Balli Kaur Jaswal. O livro conta a história de Nikki, uma jovem londrina de origem indiana, que começa a dar aulas de escrita criativa para um grupo de viúvas. O que parecia ser um curso comum se transforma em um espaço inesperado de partilha de contos eróticos, segredos e desejos silenciados. Os textos criados pelas mulheres compõem uma narrativa dentro da narrativa, atrav

Roberta Rocha
16 de out.1 min de leitura


A poesia que é estar junto
Neste final de semana participei do @interiorando_saberes encontro de práticas e diálogos construcionistas sociais. A gente se encontra...

Roberta Rocha
6 de out.1 min de leitura


Somos ambivalências
Não gosto de foto minha de perfil. Repetia toda vez que via. Teve um tempo em que eu não suportava ver minhas imagens nesse ângulo. Logo...

Roberta Rocha
24 de set.1 min de leitura


Histórias de Mulheres
istórias de mulheres difíceis de serem contadas merecem ser escutadas. Quem conta, quem escuta, não há hierarquia nas histórias. Poderia...

Roberta Rocha
22 de set.1 min de leitura


Estou desorientada
Esta frase, dita por uma mulher, traduz a sensação de tantas outras quando deixam de se orientar pela lógica patriarcal e começam a...

Roberta Rocha
21 de set.1 min de leitura


A Criação do Patriarcado
Leia mulheres, mulher! Descubra, pelas histórias do passado, pelas teorias, romances e ficções escritos por mulheres, caminhos para ampliar a emancipação e a autonomia, assumindo o protagonismo da sua própria vida.

Roberta Rocha
16 de set.2 min de leitura


As mulheres chegam às nossas clínicas sobrecarregadas de culpas e perguntas
As mulheres chegam às nossas clínicas sobrecarregadas de culpas e perguntas. Muitas acreditam que as respostas estão apenas nelas e que,...

Roberta Rocha
13 de set.1 min de leitura
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