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o que tem que levar para 2026 para seguir movendo suas próprias frestas?


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Ninguém tem que nada.


Mas eu tinha que fazer algo com minhas inquietações que, com o tempo, se tornaram revolta silenciosa por falta de nomear.



Eu tinha que nomear.


Depois de nomear, ainda me sentia inquieta.



Teve um tempo difícil, confesso,


em que fui somatizando.


Virou ansiedade,


magreza,


estranheza.



Às vezes o tempo emocional não está sintonizado com o tempo da vida do dia a dia.


Ora parece atrasado,


e aí vem a angústia.


Ora parece acelerado,


e aí vem a ansiedade.



A mente quer.


O coração implora.


O corpo empaca.



Mas nosso corpo nunca está contra nós.


Acredite.


Eu tinha que acreditar.



Foram quatro anos assim,


até conseguir sintonizar o que eu dizia que queria


com o que eu, de fato, precisava e podia.


Agonia.


Esperança.


Movimento.



Em 2017 fiz minha transição de carreira.


Hoje chamo esse movimento de salto de fé:


organizado, planejado, possível.


Tinha que fazer.


Fiz.



Compartilhei para reconhecer que minhas revoltas não eram somente minhas.


Eram de outras mulheres também.



De lá pra cá fiz coisas lindas, complexas,


e algumas que na época achei que tinham sido um fracasso,


mas hoje chamo de ponte.



Daqui um mês o ano de 2025 se vai,


mas tudo que passa deixa alguma coisa.


Alegria.



Estou feliz por ter sido corajosa, esperançosa e sempre rebelde.


Fiz a @teiadesaberespsi , mais um encontro presencial do meu queridinho clube do livro, e estou escrevendo meu livro.



Apesar de tantos atravessamentos da vida de uma mulher,


eu sigo resistindo.


Eu tenho que reexistir por mim,


pela minha filha,


por todas que caminham comigo,


mas principalmente por todas aquelas que vieram antes de mim.



Eu não tinha que nada,


mas tinha que fazer algo com quase tudo aquilo que me atravessa.


E descobri que, quando movo uma fresta dentro de mim,


uma pequena parte do mundo ao redor também se move um pouco.


Parece pouco, mas é muito.



E você, o que tem que levar para 2026 para seguir movendo suas próprias frestas? ✨



Roberta Rocha


Psicóloga feminista, idealizadora da Teia de Saberes, pesquisadora dedicada a escutar e escrever histórias sobre mulheres.

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