Sigo sonhando pela adolescente que fui
- Roberta Rocha
- 30 de mar.
- 1 min de leitura

Fui uma adolescente com muitos sonhos. Alguns deles, eu imaginava que não poderia realizar. Como ir ao show da minha cantora internacional favorita na época. Não era pessimismo, era apenas a consciência da realidade de quem cresce aprendendo que certas coisas não são acessíveis para todos.
Este também não é um texto motivacional no sentido de “nunca desista”. Na verdade, é só um jeito de dar nome a essa mistura de sentimentos que me visita quando percebo que, hoje, posso realizar sonhos que antes pareciam impossíveis. E, junto da alegria, vem uma pergunta difícil: por que tantas coisas que nos fazem bem acabam sendo privilégio, e não direito?
Penso nos meus pais, que tiveram infâncias roubadas pela necessidade de sobreviver. Ainda assim, fizeram o possível para que eu e meus irmãos tivéssemos uma infância protegida da dureza que eles viveram. E, de alguma forma, preservaram em nós o direito de sonhar. De esperançar.
Sigo sonhando pela adolescente que fui, pelos meus pais que sempre estiveram ao meu lado. Sigo celebrando sonhos realizados. ♥️
Roberta Rocha
Psicóloga de meninas e mulheres | Terapeuta de casais e famílias | Facilitadora de encontros entre mulheres
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