A culpa e o medo de errar
- Roberta Rocha
- 10 de jun.
- 2 min de leitura
Nós, mulheres, desde meninas sabemos que um erro nomeado pela sociedade, além de nos punir, pode nos definir.
São muitas formas de exclusão e julgamento que nos dizem que, para nós, a possibilidade de uma segunda chance é bem mais difícil. Então, crescemos com medo de falhar e culpa.
Perdemos a liberdade de desejar, de tentar, de realizar.
Somos tomadas pelo medo e ele não está só na nossa cabeça. É real. Pode trazer consequências físicas, emocionais e até sociais.
Vamos assumindo responsabilidades por medo de dizer não e decepcionar alguém. Mas vivemos soterradas de decepções. Depois, temos medo de não dar conta de tudo aquilo que está imposto a nós.
E quando esse medo nos habita, a culpa se torna companhia diária.
Culpa por não estar presente.
Culpa por estar.
Culpa por trabalhar.
Culpa por descansar.
Culpa por existir em desalinho com o que esperam de nós.
Parece que a culpa é uma produção individual: “o problema sou eu”.
Já perdi a conta de quantas vezes ouvi isso.
O medo de errar nos empurra à busca por uma perfeição que não é virtude.
É prisão.
Nos impede de reconhecer aquilo que fazemos bem e com responsabilidade.
Emancipar-se do medo é poder errar, sem culpa.É assumir as responsabilidades que nos cabem.
É se acolher no tropeço.
É se permitir ser imperfeita.
A partir de muita escuta de mulheres e reflexões acerca do medo de errar e da culpa que nos consome vamos abrir um grupo terapêutico gratuito para mulheres, na Teia de Saberes.
As inscrições serão abertas em breve.
Acompanhe por aqui a divulgação.
Mande para uma mulher que pode se beneficiar deste conteúdo.
Texto escrito por Roberta Rocha para Teia de Saberes 🕸️🧡
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