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Quem te ensinou a desejar?

Quem te ensinou a desejar?


Vicky, a protagonista, é trocada pelo ex e mergulha em culpa, comparação e autoajustes.



Ela se pergunta: “O que há de errado comigo?” como se o fim de um relacionamento fosse um atestado de fracasso.



Mas não é só Vicky.


Quantas de nós já sentimos que precisamos nos adaptar para sermos escolhidas?


Quantas vezes nos afastamos de nós mesmas para caber no que esperam da gente?



Na terapia, Vicky começa a se escutar. E percebe que talvez seja possível desejar outras coisas, outras formas, outros caminhos.



Mas esse processo não é linear. É conflituoso e profundamente necessário.



Desejo não é sobre merecer.


É sobre se reconhecer.


E desejos não precisam se resumir a ser amada por uma pessoa exclusivamente numa relação. Talvez desejar e ser desejada não precise ser tão complexo.


Até porque desejo não é sinônimo de um único tipo de amor.


Desejo, antes de corporificar, habita a sutileza da alma.



Falar de desejo é também falar sobre como aprendemos ou fomos ensinadas a encontrar nosso desejo separado de nós.



E se tivesse uma resposta certa para a pergunta “quem te ensinou a desejar?” para mim seria: as mulheres que vieram antes, aquelas que ousaram não aprender a desejar pela imposição, que habitaram lugares perigosos para que hoje pudéssemos questionar e ampliar o que é desejo.



Texto de @robertarochapsicologa para Teia de Saberes

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