E se o problema nunca tivesse sido você?
- Roberta Rocha
- 26 de ago.
- 1 min de leitura
E se o problema nunca tivesse sido você?
A série A Invejosa pode parecer apenas uma comédia sobre a crise aos 40, mas quando olhamos com atenção, ela revela muito sobre como a socialização feminina impacta nossa saúde mental e relacional.
Vicky não sofre apenas por ser trocada.
Ela sofre porque acredita que falhou em cumprir o roteiro que nos ensinaram desde cedo: ser desejada, casar, ser feliz o tempo todo, não reclamar, não pesar.
Esse roteiro não nasce de dentro de nós.
Ele é resultado de um sistema que nos molda para caber no olhar do outro. É o que Valeska Zanello chama de “prateleira do amor”: o lugar em que somos ensinadas a disputar reconhecimento, valor e afeto, como se fôssemos escolhidas ou descartadas de acordo com padrões impossíveis.
Os impactos na saúde mental e emocional das mulheres são inúmeros: baixa autoestima, ansiedade, sensação de não pertencimento e, por consequência, angústia. Isso cria e mantém a rivalidade entre mulheres. E perdemos muito, mas muito com isso.
Na Teia de Saberes, discutimos a série a partir da perspectiva feminista, refletindo sobre como esse roteiro adoece mulheres e como podemos reinventar nossos modos de existir, amar e nos relacionar.
Você já se sentiu assim, pressionada a viver um roteiro que não foi escrito por você?
Quero te ouvir nos comentários. ♥️
E marque uma amiga para ver esse carrossel com você, porque falar sobre isso é também abrir caminho para outras formas de existir.
Texto escrito por Roberta Rocha para Teia de Saberes
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