As mulheres chegam às nossas clínicas sobrecarregadas de culpas e perguntas
- Roberta Rocha
- 13 de set.
- 1 min de leitura
As mulheres chegam às nossas clínicas sobrecarregadas de culpas e perguntas. Muitas acreditam que as respostas estão apenas nelas e que, se conseguirem encontrá-las sozinhas, serão capazes de mudar a si e o outro. Não é bem assim.
Essas perguntas não nascem no vazio. São fruto de uma história coletiva de socialização das mulheres, atravessada por marcadores sociais de gênero, raça e classe, que nos educam a responsabilizar-nos individualmente por sofrimentos que são também estruturais.
Como nos lembra Silvia Federici, “não podemos entender a opressão das mulheres fora das relações sociais que a produzem e reproduzem”.
Quando a clínica se restringe a uma escuta individualizante, corre o risco de reforçar a culpabilização. Uma clínica feminista, ao contrário, considera a cultura, a história e os dispositivos que moldam os lugares ocupados pelas mulheres. Provocando a buscar respostas em diferentes lugares, no coletivo, na história e nas relações que as atravessam.
Na Teia de Saberes, defendemos uma clínica crítica, amorosa e politicamente implicada. Um espaço em que podemos, juntas, ampliar a prática, estudar, trocar e criar recursos dialógicos capazes de sustentar a emancipação das mulheres diante de um sistema patriarcal-capitalista.
‼️ Se você é psicóloga ou terapeuta e deseja construir essa clínica feminista conosco, o link para a lista de espera da próxima turma está na bio.
Texto de @robertarochapsicologa para Teia de Saberes
Comentários