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Temos o direito de viver sem violência e temos uma lei para isso


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“Temos o direito de viver sem violência e temos uma lei para isso.”


Maria da Penha



Mas nem sempre é simples assim.


Porque a violência contra as mulheres é estrutural e, por isso, também é estruturante.



Ela está nas instituições, nas famílias, nas igrejas, nos relacionamentos, nas piadas, nas sentenças judiciais.


Está na forma como somos criadas, tratadas, desacreditadas e escutadas.



É sistêmica.


E, por isso, se repete.


Se normaliza. Se naturaliza.



A misoginia, que deveria urgentemente ser tipificada na lei, o ódio e o desprezo pelas mulheres, não é um sentimento individual. É uma engrenagem que move o silêncio, a culpa e a revitimização.



Os números escancaram essa realidade:


1 feminicídio a cada 6 horas.


1 est*pr0 a cada 10 minutos.


Mais de 32 mil mulheres vítimas de violência sexual só no primeiro semestre de 2024.


80% dos feminicídios cometidos por companheiros ou ex-companheiros.



Mulheres que buscam seus direitos muitas vezes são violentadas duas vezes: pela denúncia que precisam fazer e pelo sistema que deveria protegê-las, mas as pune por denunciar.



A Lei Maria da Penha é uma conquista histórica. Um ponto de partida. Foi sancionada após muita luta uma tentativa de feminicídio sofrida por Maria da Penha.



Mas uma lei, sozinha, não muda estruturas.


É preciso mudar consciências, vínculos, crenças.


É preciso escutar as mulheres, na clínica, nas delegacias, nas famílias, nos fóruns, de um lugar emancipador, não moralizante e patologizante.



E é preciso, com urgência, que os homens se organizem. Que encontrem uma forma de existir que não passe pela violência, pelo abuso, pelo controle, pela posse.



Roberta Rocha 


Psicóloga de meninas e mulheres | Terapeuta de casais e famílias | Facilitadora de encontros entre mulheres

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