O amor romântico como centro da vida
- Roberta Rocha
- 13 de jun.
- 2 min de leitura
A gente acredita que o amor romântico é nosso destino.
Não por desejo. Não por ingenuidade. Mas porque fomos condicionadas a isso.
Ser escolhida.
Ser salva.
Ser completa.
Ser feliz.
Essas são as promessas repetidas por aí e o roteiro está em tudo. Nos contos de fadas, nos comerciais, nas conversas de domingo.
Você já sabe quais são os julgamentos para uma mulher que decide não casar ou que constrói uma parceria que desafia essa lógica?
Já percebeu que quando a princesa se casa com o príncipe, o filme acaba?
Ali começa o “felizes para sempre”.
Fim.
A ideia de que seremos completas quando encontrarmos alguém nos atravessa em tantas camadas que, dependendo da intensidade, nos despedaça.
Algumas mulheres, ao saírem de relacionamentos abusivos, não sabem mais quem são. Porque foram ensinadas a existir apenas no plural. Através do outro.
A socialização feminina nos ensinou a permanecer.
Mesmo quando o corpo grita por saída.
Mesmo quando a dor se torna rotina.
Relacionamentos viram o centro da vida.
Mesmo os que machucam.
Mesmo os que anulam.
Mesmo os que adoecem.
E isso rende lucro.
Às mídias, às indústrias, ao patriarcado.
Nos fazem acreditar que só teremos valor se formos amadas por um homem.
E nos impõem, junto disso, um padrão de beleza, de comportamento, de idade.
Mas o amor não é prisão.
Amor é escolha, e não destino.
Emancipar-se é sair do eixo da espera.
É se tornar sua própria casa.
É amar de forma livre, sem se abandonar.
Para fortalecer nosso compromisso político com o cuidado, vamos abrir um
grupo terapêutico gratuito para mulheres.
As inscrições serão abertas em breve.
Acompanhe por aqui a divulgação.
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Espalhar consciência também é uma forma de cuidado coletivo.
Texto escrito por Roberta Rocha para Teia de Saberes. 🕸️♥️
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